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Re: [DesignBrasil] OFF-TOPIC>>> O Brasil e o Oscar

Cao,

discordo plenamente. E vou esquecer que sou uma pessoa fofinha agora, tá? Nada pessoal.

O Brasil deve esquecer de vez essa palhaçada de Oscar. É um prêmio da indústria estadunidense, para nos entupir de propaganda da indústria cultural estadunidense e nos manter como colônia.
Enquanto existirem brasileiros que acham importante este festival, vamos continuar lendo este tipo de bobagem.

Desculpa, mas sou muito dura em relação ao assunto "Estados Unidos". Odeio este discurso a favor de qualquer propaganda deste império nojento, que domina o mundo e ainda se intitulam como os únicos americanos, como se nós aqui também não fóssemos americanos. O pior é o mundo inteiro repetindo isso, esquecendo todos os outros países americanos. Eles nos desprezam, só querem mesmo nos manter como quintal. Na boa, quero que o Oscar fique por lá. Fiz faculdade de cinema, fui diretora de arte, amo cinema e não discuto a qualidade dos filmes que ganharam do Brasil em muitos momentos, amo Caráter, só pra citar um, e odeio "A Vida é Bela". Mas isso não deveria nos encher os olhos. O Brasil é um país muito mais rico em cultura do que os Estados Unidos, mesmo sabendo que a indústria cinematográfica deles é sensacional. Mas é isso: uma indústria. Aqui não temos isso. Então, por que competir? Pra ficarmos nos humilhando lá? Nós não precisamos daquela estatueta feia (alô, designers estadunidenses?), não precisamos participar daquela festa ridícula, ensaiada e cafona.

Devíamos mesmo boicotar o Oscar e jamais deixar que um filme nosso participasse desse mico. Alguém aqui conseguiu ver "Brasil Animado", o primeiro filme brasileiro em 3D? Eu e meu filho de 7 anos, louco por este país, não conseguimos, pois o filme só ficou uma semana em cartaz. O filme exaltava as riquezas brasileiras e foi banido do cinema pela indústria estadunidense. E o governo permite isso. Tenho vergonha de um povo que se curva e de um governo que se vende.

É, companheiros, sou mesmo revoltadíssima com essa história dos Estados Unidos. Ainda mais agora que eles estão querendo comprar a (linda) revolução egípcia e se envolvendo na Líbia. Eu queria que eles ficassem nos limites geográficos deles. E só. Povinho nojento.

Deixo aqui uma matéria sobre a humilhação que os funcionários do McDonald's passam. É isso: eles entram nos países com aquela comida absurda e sem nutriente, usam da nossa mão de obra de forma exploradora, maltratam as pessoas, engordam e viciam nossas crianças, se usam de marketing infantil, que é uma baixaria sem fim, se aproveitam para não deixar nosso país avançar na questão da regulamentação infantil (mas no país deles a regulamentação existe), entre outras coisas. Aliás, os chineses estão no mesmo caminho. E estão milionários. E o nosso país?

Beijos calorosos, brasileiros e revolucionários!
Flávia





2011/2/28 ..:: CAO ZONE ::.. <caozone@uol.com.br>
          Prezados/as,

          Nessa 83 edição do Oscar, o Brasil esteve representado com o documentário "Lixo Extraordinário", dos diretores brasileiros João Jardim, Karem Harley e diretora britânica Lucy Walker, a obra trata da vida do artista plástico brasileiro Vik Muniz com catadores de lixo em um dos maiores aterros sanitários do mundo, localizado no Jardim Gramacho, da cidade de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro.

          Mas o eleito foi o documentario "Trabalho Interno" de Charles Ferguson e Audrey Marrs, que retrata os bastidores da crise econômica que explodiu no fim de 2008 nos Estados Unidos.

          O cinema do Brasil já foi indicado 17 vezes para o Oscar.

          A primeira vez aconteceu no ano de 1959, e a produção franco-ítalo-brasileira "Orfeu Negro", ganhou na categoria Melhor Filme Estrangeiro, mas como o diretor do longa era o Marceu Camus, o título foi para os franceses.

          De lá pra cá muitos bons filmes brasileiros estiveram presentes, mas nenhum trouce estatueta alguma.

          Em 1963, "O Pagador de Promessas", do diretor Anselmo Duarte, contava com Glória Menezes, Othon Baston e Leonardo Villar e defendia a reforma agrária.

          Depois disso ficamos 22 anos sem pisar naquele tapete vermelho, e em 1985 "O Beijo da Mulher Aranha" do nascido argentino, mas criado aqui no Brasil, Hector Babenco. Participavam do filme: William Hurt, Sonia Braga e Raul Julia, que foi indicado para quatro categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator e Melhor Roteiro Adaptado. William Hurt levou o título de melhor ator, como ele é nascido em Washington, D.C, USA, a estatueta ficou por lá.

          Em 1996 o filme "O QUATRILHO" de Fábio Barreto com Glória Pires, Patrícia Pillar e Gianfranceso Guarmieri, era nossa esperança, mas o ganhador de melhor Filme Estrangeiro naquele ano foi o holandês "A Excêntrica Família de Antonia".

          O filme "O Que É Isso Companheiro"  de Bruno Barreto, de 1998, baseado no livro de Fernando Gabeira, com Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, Luiz Fernando Guimarães, Cláudia Abreu e Pedro Cardoso, perdeu novamente para uma produção holandesa, chamada:"Caráter".

          Jogávamos todas as nossas fichas no "Central do Brasil", dirigido por Walter Salles, em 1999, indicado ao Oscar em duas categorias: "Melhor Filme Estrangeiro" e "Melhor Atriz", a nossa querida Fernanda Montenegro, mas quando todo o Brasil já sentia a vitória, veio mesmo foi a derrota, "A Vida É Bela" do italiano Roberto Benigni ficou com o "Melhor Filme Estrangeiro". E a Gwyneth Paltrow levou a de "Melhor Atriz" pelo "Shakespeare Apaixonado".

          Até com Pelé tentamos alguma coisa no Oscar, "Uma História de Futebol", de Paulo Machline, de 2001, mas o vencedor daquele ano foi  mesmo um filme do alemão Florian Gallenberger.

          Em 2003 foi a vez do filme do Fernando Meireles, "Cidade de Deus", mas apesar de concorrer em quatro indicações: "Melhor Diretor", "Melhor Edição", "Melhor Roteiro Adaptado" e "Melhor Fotografia", o bando do grande Zé Pequeno não trouxe absolutamente nada.

          Carlos Saldanha fez aquele belo curta de animação chamado "A Aventura Perdida de Scrat", mas em 2004, o prêmio foi para o stop motion australiano feito com massinha, "Harvie Krumpet".

          Afinal que sina é essa para com o cinema brasileiro? Nessas questões de animação e/ou documentário, ainda não crescemos bem, mas na arte de contar uma história, não vencemos apenas pelo singelo detalhe, de que enviamos títulos cujos protagonistas são gente com atuação na TV, e como todos sabemos o Oscar é um prêmio criado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, eu disse, Cinematográficas...

          Portando, quando os diretores brasileiros entenderem que um filme para funcionar no Oscar deve ser rodado com artistas de cinema e não de TV, a sina brasileira acaba.

          E as estatuetas hão de vir.

          Abraços,

          Cao

 

 

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Flávia Mattos

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